Entrelaçados

Começa no olhar, quando a língua passa pelos lábios, os dedos se entrelaçam. Te jogando na cama ou na parede. Entre beijos quentes e leves mordidas, mãos que se perdem. Não existe mais ar, só vontade… Um estado de entrega e domínio que se revezam, uma vontade de parar no tempo. O desejo multiplica a cada arrepio na nuca, por uma língua que se perde ou uma barba que arranha, um ritmo compartilhado, uma sintonia ditada pelos sons das cordas vocais e dos corpos em movimento. Onde cada movimento pede outro, cada sorriso sugere mais, cada beijo faz o mundo girar. É quando o corpo não te pertence mais, apenas sente e deixa fluir.

William Morais

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