Aquela fábula sobre o amor

Era uma vez, um reino de muito carinho e romantismo por todos os lados. Nesse reino nasceu um Amor, lindo e puro, nasceu 4 dias após sua amada. Assim que nasceu ele saiu em busca dela. Andou por diversos reinos e, quando finalmente a encontrou, descobriu que ela estava destinada a viver em um reino distante.

Se sentindo sozinho, ele passou a procurar maneiras de chegar até ela. Nessas tentativas, ele se transformou em tinta e se jogou em pedaços de papel formando belas palavras em cartas trocadas. Apesar de uma ótima idéia, não conseguiu se mostrar por inteiro, não conseguiu se fazer notado.

Em outra tentativa o amor se disfarçou de lembranças e mostrou ótimos momentos vividos e as coisas mais belas e puras que qualquer um poderia sonhar, talvez ele tenha procurado as lembranças tão puras que acabou sendo confundido com a amizade e isso foi um problema pra ele. Quando confundido com Amizade, ele foi destinado a viver em um canto, um cantinho bem cuidado, especial, porém ali não era o lugar dele.

Aproveitando a confusão ele achou uma forma de usar esse disfarce de Amizade para continuar a sua busca, às vezes ele tentava ser música, às vezes foto, viajou pelo mundo, procurando formas de reencontrá-la.

Finalmente, depois de muitas voltas, eles voltaram a viver em reinos próximos. E quando se reencontraram, não se largaram mais. Como não poderia deixar de ser, juntos, tentaram encontrar uma maneira de não se separar. Mas sua Amada já estava prometida a outro reino. Desesperados e sem encontrar uma forma de ficarem juntos, ela se viu obrigada a voltar para o seu reino onde seria rainha mais bela de todas.

Voltando pra casa, o Amor, sem conseguir se conformar foi procurar explicações. No caminho, encontrou o Sol e perguntou o que fazer. O Sol respondeu: “Ora meu amigo, quando eu preciso resolver um problema como esse, eu brilho forte e muito quente, dessa forma não há quem não se renda ao meu poder. Assim eu mostro quem é o rei por aqui e conquisto tudo que eu quero.”

Ainda não convencido com a resposta do Sol, o Amor procurou o Mar e ouviu: “Quando eu quero alguma coisa eu invoco toda a minha fúria, crio ondas que passam por cima de qualquer muralha e devasto tudo que estiver em meu caminho.”

Já decidido a resolver isso a qualquer custo, o Amor voltava para casa no final do dia quando encontrou com a Lua, quando o amor pediu a opinião dela sobre a conversa com o Sol e Mar, a Lua em toda a sua sabedoria disse: “Ahhh o Amor, sempre procurando soluções exageradas. O Sol pode brilhar forte e queimar, mas mesmo ele precisa se retirar para que eu venha trazer descanso aos corações em sofrimento. Quanto ao Mar, pode invocar toda a sua fúria, mas eu, em minhas fases dito seu ritmo. Se eu puder te dar um conselho, querido amigo, faça como eu, saiba esperar o seu momento de aparecer, brilhe, sem prejudicar ninguém e você terá as estrelas brilhantes ao seu lado para te tornar ainda mais apaixonante.”

Sendo assim, o Amor voltou ao seu canto, disfarçado de amizade, mas agora ele estava ainda maior, mais forte e inteligente, já havia encontrado a sua amada e sabia onde poderia encontrá-la todas as vezes que quisesse. Ele decidiu esperar a sua hora de brilhar.

Agora, todas as vezes que ele pensa nela, ele pede ajuda à Lua e essa por sua vez, convida sua amada a se sentar nas gramas de seu reino e contemplar todo o brilho, um lindo espetáculo proporcionado pelo amor e testemunhado por milhares de estrelas brilhantes.

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