Aquele sobre os sinais do universo
Os sinais estão aí, espalhados por todo lugar, não são difíceis de identificar, isso nunca foi o problema, o grande problema sempre foi interpretá-los, porque pra isso, é quase impossível ser racional, existe toda uma bagagem pessoal, todos aquele programas em nossa mente dos quais procuramos nos desligar e toda a carga emocional do momento, tudo isso influencia nosso poder de julgamento e é ai que as coisas começam a se complicar.
Você pode passar por diversas coisas na vida, você pode ser quem você quiser, mas saiba que existem variáveis incontroláveis e é aí que novamente que a coisa começa a se complicar. Me lembro quando eu tinha 20 anos e olhava para a vida como um mar de possibilidades infinitas, por mais maturidade que eu tivesse, eu ainda tinha aquele brilho de esperança a crença de que as experiências vividas eram meras experiências, por mais importantes que fossem, poderiam ficar ali guardadas e por si só bastavam, mas o tempo passa e aprendemos muito, como diz Rocky Balboa, ninguém bate mais forte que a vida e não importa quantas vezes você caia, o importante é você conseguir se levantar mais uma vez. Com o tempo você aprende que as coisas boas são raras, as coisas boas de verdade e que realmente importam e quando você as encontra, precisa valorizar.
Então, quando você vê os sinais do universo, você procura de verdade interpretá-los de maneira imparcial, você procura pelas explicações mais racionais possíveis mas sempre tem um “e se”, você quer acreditar que tudo que é colocado em nossa frente é para que possamos esquecer o passado, largar ele e seguir, seguir acreditando que as coisas podem ser melhores e então voltamos às variáveis incontroláveis, você nunca está sozinho, os sinais nem sempre estão dizendo para você se jogar, talvez seja apenas um alerta para reavaliar as coisas, ir com calma, mas qual o limite da calma? No fim das contas, esse processo de aprendizado de leitura disso tudo demore muito mais do que imaginamos e é aí que entram as bagagens emocionais e as programações da nossa mente, elas começam a agir e você passa a ver as coisas por um lado pessimista, as visões do apocalipse, medos, traumas e tudo aquilo que você tem hoje conquistado entre lágrimas e sofrimento se tornam o seu ponto de apoio para as suas decisões. Isso te dá segurança, isso te mantem firme dentro de sua zona de conforto e você se apega no que tem de bom, supervaloriza e conta com isso para não se perder nessa loucura de interpretar sinais.
Paulo Coelho fala em O Alquimista sobre sua lenda pessoal e como as pessoas recebem sinais para vivê-la durante a vida e que apenas a minoria das pessoas tem coragem de fazer isso, eu penso que não temos uma lenda pessoal, mas sim algumas, relacionadas à diferentes áreas, amor, trabalho, relacionamentos interpessoais, autoconhecimento e por ai vai, o que no fim das contas, não importam quantas sejam, mas sim se você tem coragem para viver isso.
Não sei ao certo quantas vocês nessa vida, eu vi sinais e acreditei neles, por mais que eu diga que da próxima vez será diferente, eu sou aquele que acredita, por mais que que queira eu prefiro não acreditar que as coisas, pessoas, sensações e ligações são descartáveis, porque eu sou feito de cada uma dessas coisas entre tantas outras. Você não é uma pessoa boa só porque você quer ser, são as escolhas que você faz no seu dia a dia que te fazem assim. Às vezes eu acho que preferiria a racionalidade, serve ou não serve, sim e não, quero ou não quero, mas no fim das contas o que me define é me manter como eu sou, independente das variáveis. Eu sou quem me proponho a ser e no fundo me orgulho disso.
Os sinais estão aí, espalhados por todo lugar, não são difíceis de identificar então você tem a opção de segui-los ou não, não importa a estrada que você vai seguir, sempre terá um pôr do sol e uma lua iluminando seu caminho, e o valor que você vai dar a isso está dentro de você. Seja lá qual for a sua decisão, lembre-se da sabedoria popular, espere pelo melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.